Eu estou bem longe. Em um morro. Corpo fino, bambeando no meio da grama.
Olhos fechados. Cabelos curtos que não sofrem pelo calor. De repente eu
começo a girar, e quase nada provoca a tontura, quase nada provoca o
enjoou, quase nada provoca nada. Eu continuo no morro de gramas, eu
continuo parado. Abro os olhos. Eles ardem, as lágrimas caem, e nos meus
pés nasce uma espécie rocha. Uma espécie de pétalas rochas, que tenta
murchar toda vez que meus olhos esquivam-se. Por isso fecho os olhos
novamente e não vejo nada acontecer. Nada murchar perante os meus olhos.
AUTOR: Edicleison Freitas